Amor, as poesias que escrevo para você
Estão cada vez mais ruinzinhas
Fraquinhas que só elas
Fingindo ingenuidades
Digressões inúteis
Eu já tentei de tudo:
Ovídio
Macumba
Remedinhos e Comidinhas
Análise de grupo
Saraus literários
Teses
&
Dissertações
Ai amor, que sina!
Ninguém merece
Ler Florbela Espanca e ficar dando choradinhas
Ler Paulo Coelho e dar uma de bruxinha
Já tentei ser crente.
Macumbeiro.
Espírita
E metaleiro.
Já tentei ser wicca.
Fiz cerimônia e tudo
Amigos góticos sábios e precisos
Me disseram que o caminho não era por aí.
Tentei também despachozinho sincera.
Bala juquinha, pipoquinha e fitinha
Na passarela do Columbandê jurei te esquecer
Tranquei caminhos,
Jurei tantas juras
Salvei demandas
Dei meia volta em Preto Velho
Mandei se fudê
Costurei na boca do sapo versinhos de amor
Minha decência
Meu orgulho
Meu desejo
Pra quê?
Pra quê?
Pra nada.
Pra vernissage no vazio
Pra melodias surdas
Pra filmes sem comentários
Pra vida de casado com a tristeza,
só e cruel com ares provincianos
Apostólicos, romanos e por aí vai.
E por aí vai.
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