quinta-feira, janeiro 24, 2008

O Verão não é Cristão

Amor. Amorzinho. Amorzinhozinho. Amorzinhozinhozinho. Amorzinhozinhozinhozinho.

De tão piquititinho.
Meu amor por você é interminável.

É grudento. É um encosto.
A te lamber as costas.
Enquanto o rosto lavas.


No verão a gente mata a poesia.
É fato.
Mas a gente se escreve de outra forma.

Acho que a poética só volta mesmo lá pro outono.
No verão tudo derrete numa sacanagem pura.

No verão
O nosso amor se faz no claro.

Da noite ainda dia.

No verão a gente vê a nossa nudez.
A gente não vê sensatez.


No verão a música mais brega é a nossa.
Bagaceiramente vamos de bar em bar.
Atrás de comida sincera.

No verão a gente finge que não trabalha.
E quando chega em casa o amor atrapalha
Tanta sacanagem mal-intencionada