domingo, maio 21, 2006

Soneto do Outono (Para todos os Maios)

Foste tu quando puto o mentiroso
A minha perfeita dicotomia mentia
Sobre o seu suposto céu azul e frio
Uma grande massa polar te seduzia

Então numa noite dura de frio caiu
Em cima de tua cabeça, grande cabeça
Mas depois veio o pior. A tarde que se fez dourada
E tu nem ao menos a contemplaste.

Um tom nem ao menos egoísta, marginal, escatológico
Da manhã mais mágica dos meses, lógico
Foste tu o metal mais frio a me despertar

A água mais gelada a me banhar
O sem senso mais estático a me escrever
A época mais atemporal a existir

Foste tu, eterno putinho...