Primavera
Você pára de fazer frio
E eu paro de fazer poesia ruim
Você me dá 30 graus
E eu te faço um soneto individual
Você me dá tango sincero
E eu te vomito um bolero.
(Primavera 2008)
************************************
Põe ópera também, com exterior de dia gelado
Me liga no telefone que eu amoleço na tua voz
Teu sotaque é um espetáculo a parte
O resto, meu bem, o resto é tarde egoísta e fria
Teu silêncio berrou tanto no meu ouvido que me deixou surdo
Não te escuto. Quanto menos a mim.
Versos escuros e desconcentrados
Tateiam a sua poética
Mas não há sinal nenhum
(2008)
Um comentário:
não há nada mais perturbador que o silêncio
Postar um comentário