sábado, outubro 03, 2009

duas.

Primavera


Você pára de fazer frio
E eu paro de fazer poesia ruim

Você me dá 30 graus
E eu te faço um soneto individual

Você me dá tango sincero
E eu te vomito um bolero.

(Primavera 2008)


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Põe ópera também, com exterior de dia gelado
Me liga no telefone que eu amoleço na tua voz
Teu sotaque é um espetáculo a parte

O resto, meu bem, o resto é tarde egoísta e fria

Teu silêncio berrou tanto no meu ouvido que me deixou surdo

Não te escuto. Quanto menos a mim.
Versos escuros e desconcentrados
Tateiam a sua poética

Mas não há sinal nenhum

(2008)

Um comentário:

Anônimo disse...

não há nada mais perturbador que o silêncio