quarta-feira, agosto 05, 2009

À tua presença

Ah, doce mistério do Rio, ah, doce mistério do Brasil, como te pensar, como te ser, já que dessa vez não tem volta alguma que valha o meu desespero e o meu desencontro.

Perdido estou, achando-me aos poucos. Achando-me aos poucos, fazendo de Love’s Hou minha morada final, fazendo dos meus planos a garantia inicial.

Uma elegia para as suas pernas. Uma elegia para as suas mãos.

Não capitular, diz a voz final. Não capitular e levar a sério.

Alguém aí, um cigarro, um verso, um sorriso um aperto de mão.

Eu só não quero encontrar Jesus em qualquer esquina por aí. A noite é de verdade uma criança só os inocentes de Icaraí não são mais os mesmos. E as roupas, e as pessoas e as lojas. E tudo isso.

Loucura a conta-gotas: a partir de agora, da terra da psicanálise á terra do futebol, olhais as bananeiras do caminho, era essa a sua sina, nada de conflitos pois os tempos são outros, cala-te e resigna-te ao reino dos céus que desceu sobre o Brasil nova antiga China as coisas estão mudando.

Mas antes disso, antes disso terei eu a coragem de dizer o que verdadeiramente sinto?

Um comentário:

Fernanda Paixão disse...

que bom!!!
adorei.