sábado, agosto 29, 2009

Os versinhos militares

Façamos valer a palavra que a direita gosta. Sua nova xodó recém-esquentada-seqüestrada. Façamos depois de 200 anos ela aproveitar seus últimos momentos com a vovó antes de ser emancipada.

E como comemoração a essa despedida avant-lettre da democracia do jugo da direita publicarei aqui versos militares recolhidos por mim em pesquisas anteriores.

Afinal devemos honrar os versinhos militares.

Honremos a pátria escrevendo poesia para o Brasil. Edificando um país grandioso unificado pela cidade de Deus. Santo Agostinho delicia-se na poesia fácil que lê lá do alto.

Os militares fazem a pátria e também fazem poesia.

Hesito ao dizer que repudio em muito a poética aqui aprensentada. As vezes a espontaneidade me aparece num sorriso natural que até esconde um sentido macabro. Preciso dizer que todos têm direito a exposição de suas idéias e poéticas.
O único local em que impera a liberdade
É talvez a poesia antes de virar poesia


"Deixar-te-ei levar a Minha Cruz;
a Minha Cruz implora a Paz e o Amor"
Vassula Ryden

Um Preâmbulo interessante:

“Jacira, menina de 11 anos de idade, acaba de fazer a sua primeira comunhão em Cristo! A pequena indiazinha de pai desconhecido, vive com sua mãe Jandira, que por sua vez, leva uma vida desregrada, dividindo seu corpo de rapariga entre os homens da cidade de Deus, estendendo a todos o que lhe resta ainda aos 23 anos de idade...
(...)
A menina Jacira segue os conselhos da freirinha Lorena, de origem portuguesa e inicia o aprendizado em costurar pequenas peças do seu vestuário! A velha máquina de costurar “Singer”, vai servindo à comunidade indígena dentro do conceito de solidariedade iniciado pelo Jesuíta Hans MULLER, ainda pronunciando vogais trocadas do vocabulário da língua portuguesa!
O momento é de preocupação para a menina que cresce dentro dos padrões de moral e respeito em virtude dos ensinamentos recebidos de pessoas, como: o Jesuíta Hans MULLER, a freirinha Lorena e o médico Paulo Roberto de Alentejo, este último, filho de portugueses. A volta de Jacira ao final de cada tarde à casa de sua mãe Jandira, - de má reputação no núcleo de assoladores da selva amazônica denominada cidade de DEUS – só lhe tem trazido desconforto moral!(Luiz e Dilma Faggioni ; in: Vestígios da Liberdade)



E agora, manuelcarlocizando a parada, mais um trecho interessante:

“O parque da cidade acolhe as crianças, acompanhadas de suas babás, na parte da manhã, sob o sol brilhante da primavera recém-chegada!O sol desce sobre árvores frondosas, atingindo em cheio as pequeninas amendoeiras ao desprender suas folhas mortas, fustigadas pela estação de inverno, agora mais distante das crianças, adultos e idosos; visitantes assíduos e freqüentadores eventuais do notável reduto que a natureza proporciona aos moradores da região sudeste, deste país da América do sul” (Luiz e Dilma Faggioni ; in: Vestígios da Liberdade)


E agora, os poetas e os versinhos militares:


“Ó pátria iluminada
Teu breve calor me esquenta
Na imensidão da Amazônia
Eu encontro tua grandeza
Que me cura da insônia”
(Coronel Emiliano Marcelino Cunha P. – Na reserva desde 09 de Julho de 1983)


“Pátria amada
Idolatrada
Salve
Selva”
(Coronel Moderno Gentil de Almeida – Na ativa e com pretensões modernísticas)

“Poderá um dia a vida
A moral
A família
A religião
E tudo que é bom
Fazer o país?
E salvar os nossos índios do inferno?”
(Cabo com pretensões pós-jesuíticas, sem data de nascimento)


"O Bispo Sardinha
Ressuscitarei
Junto com o Padre Perereca
E juntos marcharemos
Com Deus
Para a honra e a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo"
(Padre ex-militar dos rincões do Mato Grosso)


"Viva a índiazinha
Que altiva anda
Vestidinha
A pregar a história de sua mãe
Maria
A abafar os gentios
A dar hóstia em vez de carne
A dar luz em vez de trevas
Salvem minha indiazinha
Freirinha do meu coração
Pois é a ela quem dedico
O frescor de meu coração"

(General Jacob de Assunção – Fevereiro de 1978)



Ponto de vista

Eu não tenho vergonha
de dizer palavrões,
de sentir secreções(vaginais ou anais).
As mentiras usuais
que nos fodem sutilmente
essas sim são imorais,
essas sim são indecentes.

(Generala Leila Miccolis, na ativa desde tempos imemoriais...)

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