quinta-feira, agosto 27, 2009

Dos mini-apaixonamentos

Mini-Apaixonamento diário

Receita para um bom viver:

Deslumbramento. Pela mão alheia.
Perguntinhas básicas.

Comidinha sincera.

Pequenos caquinhos de cumplicidade.

O sorriso que não para de rir.

Um pouco de tempo, segundinhos a toa.

E quando da sinceridade e quando do amor
Confessar o objeto da perda confessar o objeto da dor

Embalar ao som da canção mais linda o amor que chega afoito na rodoviária no aeroporto na esquina. E trazer assim com cuidado todo bordadinho de clichês apresentando-te aqui eis a minha cidade e quando do amor

Reivindicar para si o caráter de mini-apaixonamento e confessar lá no fim o estar atrapado em sua linha estar atrapado em seus olhos estar atrapado em sua língua estar atrapado em seu sotaque estar atrapado em sua ausência

O cheiro da tua colônia. Aditivo para a desconfiguração de mini-apaixonamentos

Dosagem de sal e de lugares bonitos. Intocáveis. Preservar ou não as paisagens mais belas? Preservar ou não as canções ou os discos ainda intocados?

Toque de mestre, sambinha de roda espontâneo, eternas musicas lindas do Legião, linda voz de linda gente, o amor que já ousa dizer que é Doriana All Happy Day, doriana all happy day enquanto durar a noite enquanto durar o dia enquanto durar a semana enquanto durar uma vida

O último pedaço da torta
A esquina, Novo Rio banhada em lágrimas, um Galeão de desespero, uma barca afundada

A digestão
cautela cautela ao extremo nunca é muito

Render glórias ao meu Santo, ao meu Padroeiro na minha cidade
ofertar flores
poesias
e ligações caras

Espancar o trocadilho que diz a bela flor da poesia

E recomeçar enxugando os pontos, vestindo as lágrimas e inventando sorrisos.

Um comentário:

Ci disse...

Isso é que é prudência! Um mini-apaixonamento. Já ouviu o "Canto de Ossanha"? "Amor só é bom se doer". Então, acho que eu sou assim.