É que eu sou destro.
E faço poesia criando personagens assim. Nada desse papo de autobiográfico etc. e tal. Tudo é um nome. Um personagem é só um nome. Minhas emoções são frases.
É que eu sou destro e me sinto fraco hoje.
Tá tudo tão aguado, tudo tão sem sal que eu não sei mais o que dizer. A tristeza quando vem, vem forte e eu fico fraco demais. Queria um nome, um nome, ao meu lado.
mas tenho que resignar-me a tomar as pílulas do DESAPAIXONEX por mais que as contraindicações escrevam o amor no papel
É que eu sou destro e hoje tá fazendo frio estrangeiro
É que eu sou destro e o agosto no rio tá longe
É que eu sou destro e ver de niterói a floresta da tijuca coberta de neblina é a minha felicidade escondida que uso nesses tempos aguados
é que eu sou destro e sou homem de mil palavras, volto atrás, volto pra frente.
recolho todinhas pra tentar te montar uma poesia bonitinha.
É que eu sou destro e meus escrúpulos são muito bem guardados
viva a lua cheia e a menstruação vontade de vida latente
a bater o teclado com ganas
(Niterói, invernos perdidos de mil novescentos e dois mil e dez)
Um comentário:
Tua poesia, linda, lida com minha dopagem me deu um outro olhar de ti mesmo...
sinto-te como eu (ou seria, sinto-me como tu?)...
agosto está perto...
brasilia é que está longe...
bjos de açucar e dopagem!
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