sexta-feira, abril 10, 2009

Confissão de uma quase-tijucana.

E como se não bastasse me sinto enjoada telefonando pra você com o coração aos pulos, vontade de vomitar, descer, pegar o metrô para o centro e lá caminhar até aquela avenida e gastar o tempo com ar de mulher atarefada
Fazer planos no fim dos mais lindos invernos
Dar uma de perdida no Largo da Carioca
E sentar meu lindo rabo lá perto daquela igreja que perdeu uma de suas torres
Numa dessas guerras aí

E como se n
ão bastasse a minha vocação pra feira
Dei pra sentir desejo por pernas grossas e raspadas
Cheia de ver
ão pra dar vou me resignar na minha neuroyoga bebendo 4 litros de água pela manhã sublimando o meu desejo em passeios de fim de tarde, assistindo de camarote o fim da minha cidade, contando os dias para que se mure tudo, favela, prédio, pessoa, bicho e o escambau.

N
ão sei não, mas prefiro assim, sozinha sem ninguém olhando
Usando o segredo como consolo
Andando e cagando o meu pudor
Desfilando no Largo do Machado meus seios infalíveis

O tempo vai passar e eu morrerei com muita classe
Como uma tijucana ressentida voltarei a dar pra deus
E n
ão ligarei no dia seguinte.

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