sábado, abril 11, 2009

autoajuda

to fazendo essa escrita to dando cara para ela de uma maneira muito apressada assim é que tá batendo tao forte tao forte o coraçao que eu nao consigo parar de digitar no teclado do computador. Já sabemos da ausencia dos tils e do circunflexo isso é fato dado e consumido, pois bem o que eu gostaria de dizer é que entendi somente agora depois, depois de muito tempo, a cabeça da gente é muito lerda pra muitas coisas, entendi somente agora um algo tao assustador que foi tao doido e tao forte que me tirou o chao me tirou o tempo me tirou o tudo e me deixou assim a meia quadra frente ao que nao se entende de jeito nenhum. Tudo isso por causa da Bethania cantando aquela música da Ana Carolina pra rua me levar, essa música mesmo, e foi num repente, assim de súbito que foi que foi e foi tanto que nao tinha jeito de ir mais e doeu muito doeu muito entender a letra e se sentir comungado daquilo que a música canta talvez seja sempre assim a música a gente ouve e se sente comungado se identifica e se machuca e fica feliz e poe tudo pra fora mas comigo funcionou diferente pois nao há muitas maneiras para se botar para fora o que eu quero botar o que eu quero botar para fora é mais que uma escrita esquisofrenica é mais que poemas que nao passam do caderninho o que eu quero botar pra fora é a imagem dum verso que nao vai se escrever mas que diz aquilo mesmo que eu ainda nao sei olhar o rio por onde a vida passa e isso me dói saber isso me dói saber eu já nao sei o que faço pois me dói entender a letra com um tempo de atraso enchendo de se, se, se, se, if, if if, si, si si. O perigo está no se, estou me sentindo tao perdido por várias coisas me sinto desorientado, nao sei o que escrever nao sei o que falar nao sei o que dizer. Sei que ser consiste em seguir a linha reta e ir se dependurando nas mais lindas das auto ajudas nas mais lindas de elas, todo mundo tem um moço bonito, um desapaioxonex para passar para estancar a hemorragia, hemorragia que consiste em ir lembrando lembrando lembrando mas o lance do let it bleed nao funciona nao, funciona nao rapaz, o lance mesmo eu nao sei qual é o lance mesmo tem nome de desespero tem vontade de ligar de falar de presentear um como vai voce assim já arrependido já vomitado que já foi. Essa escrita é assim, caudalosa e vai achando direçao vai achando a direçao do rio da vida, das coisas que estao por aí e eu consigo me lembrar da vida, consigo me lembrar do seu nome, consigo me lembrar de muitas coisas, nao é temor nem prosa que dá premio, nem autoajuda que se faz tímida, é vontade louca de simplesmente da outra margem te acenar e ver o seu tchau de longe, assim como se a gente comungasse de longe também de tal música ou nao, pois se nao pouca coisa sobraria no final de tudo e o sem sentido imperaria reinaria assim sem mais nem menos. Tenho eu o medo maior de folcorizar-te na mais enfeitada das escrituras por isso nao te escrevo, por isso nao te leio, pudera eu um dia largar isso tudo letra palavra e ir assim diretamente no olhar e dizer sem palavrinhas nenhuma que tá fazendo frio tá doendo muito e tá ardendo de saudades, ardendo de saudades, como se o fato de eu falar ou expressar eu tenho saudades fosse o mais natural de todos. Eu quis ser atemporal eu quis ser impessoal mas no meu ser todo recoa o meu tempo o meu eu o tudo isso. Lamento súplica, castigo, convenhamos e botemos o que quiser como título desse relato. Tenho eu hoje, nessa tarde qualquer o frio da margarida. Voce sabe o que é o frio da margarida?

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