quinta-feira, abril 16, 2009

Sim

eu tenho aqui o meu copinho do meu lado para que me ajude a prosseguir nessa viagem


eu lembro que nessa época do ano você não vinha mais no meu apartamento com o seu carro para me levar a praia
e a gente, se não estivesse de mal, iria fazer outros planos, ir pra serra talvez ou então alugar uma boa fita para passarmos a tarde.

eu tenho aqui o meu copinho para me ajudar nos recuerdos, nos recuerdos que aqui em terras mexicanas conjugo no mais lindo do castelhano.

eu lembro também que um dia eu bebi muito e comecei a falar besteira. na realidade eu fiquei mas como eu sou na realidade.
a ponte rio-niterói cada dia fica mais cheia de carro, imagina só lá pelo ano 2000 como vai ficar a coisa

eu lembro também e não vendo para ninguém o meu direito de lembrar eu lembro e vou continuar lembrando mesmo no cinza, mesmo no amarelecer das coisas mesmo no tempo ficando ficando sujo eu continuarei lembrando.

eu tenho aqui o meu copinho de vitamina C para lembrar no colo da rotina

Se a gente consegue beber no bar da ladeira, se a gente consegue provar tudo aquilo e controlar a nossa vontade de ir mijar por aí nos lugares mais ignotos. Se a gente consegue beber no bar da ladeira se a gente consegue sustentar um papo no refinamento mais puro se gente consegue tudo isso, por que não? por que não?

Meu telefone está morto, mortinho mortinho mortinho da silva, o meu celular o meu celular tem um silêncio cadavérico um silêncio assustador.

je suis la dalida en appelant au brésil

A partir de agora, momento, poeira do tempo, do dia 16 de abril do ano da nossa graça de 2009, dois mil e nove, promoverei a poesia fluxo de descarga de consciência, o meu tempo está ficando friozin, friozin, friozin, pois bem a poesia fluxo de descarga não tem reserva alguma em se escrever e escrever o backspace com o dedo mindinho da minha mão direita.

e depois de tantas vezes treinar com minhas mãos o prazer solitário eu as uso para escrever uma prosa tão suja quanto o meu ato cotidiano e rotineiro desde que descobri o maravilhoso do prazer aquele mesmo que descreveu oswaldinho quando era um molequinho apertando as perninhas, e sentindo uma cosquinha no baixo ventre, tinha 4 anos o garotinho, esse mesmo prazer, essa mesma sensação é a que se escreve nesses momentos enquanto ouço a dalida cantando a canção parole parole parole, essa primavera aqui em Glasgow é coisa broxante demais ô terra essa para não ter verão, terra essa esquisita demais para um carioca da ultra ultra gema ultra gema só mesmo a Urca.

Só mesmo a Urca comigo ninguém pode, venha quente que eu tenho forças que eu tenho muitas forças para receber o Deus. Para recebê-Lo, pare de onda e coma logo essa porra dessa barata sem onda sua vaca sem essas viadagens, coma essa barata.

Rio, maio de 2010.

Só sei viver se for assim. Tomando banho de outono tentando andar nos trilhos do bonde em cima dos arcos assim a gente corta caminho pois você disse que conhecia uma galera lá de santa que tinha um clima legal onde a gente podia se juntar e fazer um som legal e eu levava uma roupa maneira e já tava naquela fase de começar a te agarrar, de passar minhas mãos nas tuas costas e mostrar pelos meus olhos o meu desejo que já nem nome tem e sim vontade de vida, mais uma, mais uma cervejinha a gente se consome alí mermo, sem frescura.

O samba.

4 tempos.
No candongueiro, lá em Niterói, sim lá em Nikity.

Vamos caminhando pela estrada a fora pois eu ouvi no jornal eu ouvi a estupidez do papa daquela moral tão bonitinha ela, eu ouvi pela estrada a fora que agora estão fazendo coisas piores.
Era tão bom quando Deus estava vivo, era tudo mais fácil.

Agora tudo se quebrou.

Estou aqui no Ribeirão Preto mirando o seu corpo de longe as voltas com as frigideiras levando assim o seu uniforme sem o seu paletó a barba já querendo nascer e a sua fome do tamanho do mundo.

É assim que eu quero o mundo e o destino.

Paz e Bem

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