quinta-feira, abril 30, 2009

Amorzinho, notícia boa!

Amorzinho, notícia boa!

Já te consigo escrever. Sim, já consigo assim sem pudor algum escrever no meu caderno as letrinhas que formam o seu nome. E tá dando certo, olha que tá dando certo. Cada vez que eu te escrevo mais eu consigo a separação e o olvido. É, a senda é árdua. Tem um monte de gente que já falou sobre isso. Muita gente boa escreveu horrores sobre esses asuntos.
É como um paradoxo, tentar o esquecimento lembrando assim a custa de alguns momentos um pouco brabos. Até agora não tenho noção do que se pode prefigurar. Mas é chumbo quente e grosso. Uma figura assim, tão igual ao real que as vezes parece o próprio. Nessas horas mesmo é que tudo parece mais difícil. E que a lembrança dos céus azuis e dos frescores do vento quase deixam tudo a perder. Mas é por poder escrevê-los mesmo que antevejo uma saída pequenininha no fim do tunel. Não gosto da idéia de tudo de novo novo. Ela me machuca pois ainda habita em mim muito de uma espécie de egoísmo. Prefiro tudo velho tão novo. É que é difícil separar essa linha que divide o velho do novo.
Mas o fato é esse. Escandalosamente esse. Já te escrevo no meu caderno. O seu lindo TU tá assim agora esbarrando no meu EU.
Temo agora, ao invés de te escrever, te ler em nenhum olhar, no neutro da folha em branco. E ler, você sabe bem, dá pano para manga até dizer chega.
Beijos imemoriais
teu eu ainda apaixonado

Tu.

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