sábado, maio 02, 2009

fragment

Pudera eu fotografar cada canto, cada praça cada tristeza cada árvore que de pouquinho a pouquinho vai tirando a roupa assim num ritmo cadenciado.

Mas é que dói muito esse primeiro outono que dá vontade de sair correndo correndo correndo até outro lugar ou entao dividir, ou entao a gente abrir na mesa o mapa desse outono e comer junto, eu e voce, fazendo plano e roçando pernas

roçando pernas assim num beira mar que talvez nao existe, sem apartamento, sem qualquer coisa a gente produz o nosso calor, pois eu sou seu namorado pois eu te amo pois eu te quero aqui ao meu lado pois eu sou eu

pois voce me tinha dito que de nada valiam as palavras quando confrontadas com atos e eu sou puro ato pra voce sou uma pressa imensa de ser ao teu lado

minha amiga me falou em suspensao estar em suspenso etc e tal mas o que fazer quando o frio vem forte junto com lágrimas assim?

a gente transforma tudo isso e recria assim mais real que aquela cópia imperfeita daquele metro de coraçao apertado das escadas apressadas de tanto tanto amor e da mensagem que voce tinha me oferecido assim papel humilde eu fiquei muito tocado sabia?

e o matadouro da loucura é algo que inventam os outros.... eles que vao escavando inventando moldes a mil...

eu agora sou um monge e estou aqui de longe a espreita de tudo

a gente se vê.

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