A canícula, os dias de cão, dog
days, a lua atiçando a cachorrada no caminhar perdido pela cidade operando em
2D olfatos e sentidos tentando ver com um olho só. Não sei da estrela que
brilha forte no céu anunciando os tempos de calorão na varanda em noite quente.
Esquente o que esquentar a chapa no
templo interior o barulho de água de fonte cascata descendo dizendo calmamente como
quem tricota e num sorriso leva uma vida inteira. Esquente o que esquentar no
templo interior não tem ar condicionado tem ventilador e circulador, bambu,
terra batida e coentro. Terra batida que não é lama seca.
Um comentário:
senti na pele o calor surreal
e a pressa das paixões de verão,
cheias de sal, que nem sempre é do mar!
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