domingo, dezembro 27, 2015

canícula

A canícula, os dias de cão, dog days, a lua atiçando a cachorrada no caminhar perdido pela cidade operando em 2D olfatos e sentidos tentando ver com um olho só. Não sei da estrela que brilha forte no céu anunciando os tempos de calorão na varanda em noite quente.  Esquente o que esquentar a chapa no templo interior o barulho de água de fonte cascata descendo dizendo calmamente como quem tricota e num sorriso leva uma vida inteira. Esquente o que esquentar no templo interior não tem ar condicionado tem ventilador e circulador, bambu, terra batida e coentro. Terra batida que não é lama seca. 

Um comentário:

Ana Beatriz Domingues disse...

senti na pele o calor surreal
e a pressa das paixões de verão,
cheias de sal, que nem sempre é do mar!