bafo, gente, ela toda entregue assim no boitatá como quem não toma nada só um pouquinho de amor só um pouquinho de alegria para enfeitar o seu dia ou a sua manhã que ela queria para sempre bela já que ela era aquela mesma que ficava do lado de fora do restaurante entre um cigarro e outro confabulando histórias imagináveis e realizáveis de amores perdidos e achados entre lençóis sempre novos e sempre velhos sendo que dizia ela noite mais quente que teve foi quando esteve ao lado de seu querido e por nenhum momento o tocou a não ser com seus olhos de verdade que por longas horas esquadrinharam assim a alma de seu amigo amante homem para sempre.
Amante homem para sempre diz assim com lábios de saudade amassando o último cigarro e perdendo o seu olhar no horizonte da baía de Guanabara. Com muita classe tira o sapato alto e pisa na areia assim como íntima pescadora distante do ofício por razões mesquinhas.
Apontava então desesperada todas as luzes da baía, paisagens distantes, cantos escuros e declamava então pedaços de poemas e sem sentidos e sambas que pensava antigos.
Um lindo retratinho de felicidade, de derrapada assim em curva dos trinta quando a minha felicidade se marcava pelo compasso dos sábados pela manhã quando a casa já se enchia de flor e você dizia querer cozinhar para mim, para mim mulher tão boa, cara de amante, dançava para ti no que a gente chamava de minha casa e a noite era um prato cheio que a gente deixava para mais tarde e agora por quê? Por quê? Sou a louca das areias dessa praia distante dividindo mágoas de uma baía chorada por lágrimas mesquinhas e verdadeiras, a verdade é tão mesquinha, pensando bem o adjetivo mesquinho tem muitas coisas a nos ensinar, a nós, todos humanos, todos cientes da beleza e da rareza do encontro, do olhar, do sorriso e da vida.
Ah, eu tomo voz mesmo, desbanco narrador, quebro barraco, mato cobra, mostro pau, sou falocêntrica, falocêntrica até o meu último fio de cabelo pois a orgia não tem sentido sem o seu nome ao meu lado sem a sua mão a distância sem as promessas de madrugada
me botaram para ser escriba e fiquei puta, revoltada, saí copiando direitinho a verdade mal humorada por verdade me custar muito caro. Essa noite, eu sou só solidão, que baía que nada, vou de ônibus pra Copa e dou uma de perdida, desolada, desorientada e peço mesa pra uma, canto musica de amor, escrevo poeminha e vou dormir assim como quem cochila na missa.
Amante homem para sempre diz assim com lábios de saudade amassando o último cigarro e perdendo o seu olhar no horizonte da baía de Guanabara. Com muita classe tira o sapato alto e pisa na areia assim como íntima pescadora distante do ofício por razões mesquinhas.
Apontava então desesperada todas as luzes da baía, paisagens distantes, cantos escuros e declamava então pedaços de poemas e sem sentidos e sambas que pensava antigos.
Um lindo retratinho de felicidade, de derrapada assim em curva dos trinta quando a minha felicidade se marcava pelo compasso dos sábados pela manhã quando a casa já se enchia de flor e você dizia querer cozinhar para mim, para mim mulher tão boa, cara de amante, dançava para ti no que a gente chamava de minha casa e a noite era um prato cheio que a gente deixava para mais tarde e agora por quê? Por quê? Sou a louca das areias dessa praia distante dividindo mágoas de uma baía chorada por lágrimas mesquinhas e verdadeiras, a verdade é tão mesquinha, pensando bem o adjetivo mesquinho tem muitas coisas a nos ensinar, a nós, todos humanos, todos cientes da beleza e da rareza do encontro, do olhar, do sorriso e da vida.
Ah, eu tomo voz mesmo, desbanco narrador, quebro barraco, mato cobra, mostro pau, sou falocêntrica, falocêntrica até o meu último fio de cabelo pois a orgia não tem sentido sem o seu nome ao meu lado sem a sua mão a distância sem as promessas de madrugada
me botaram para ser escriba e fiquei puta, revoltada, saí copiando direitinho a verdade mal humorada por verdade me custar muito caro. Essa noite, eu sou só solidão, que baía que nada, vou de ônibus pra Copa e dou uma de perdida, desolada, desorientada e peço mesa pra uma, canto musica de amor, escrevo poeminha e vou dormir assim como quem cochila na missa.
Um comentário:
"Essa noite, eu sou só solidão, que baía que nada, vou de ônibus pra Copa e dou uma de perdida, desolada, desorientada e peço mesa pra uma, canto musica de amor, escrevo poeminha e vou dormir assim como quem cochila na missa."
Amei esse texto, Henriquezinho!!
Genial! Adorei!
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