Que haverá então na mão do poeta quando ele se dedica a escrever?
Há muito tempo já não habita mais em mim o fantasma da poesia
não era assim? justamente assim que a gente tinha decorado antes de partir?
eu na minha singela opinião prefiro pensar em maturação, algo entre a fermentação e a germinação
então ficou combinado assim:
eu tinha que ficar na casa esperando o pessoal de fora chegar.
arrumando as caixas.
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o pássaro de fogo que passou tão rápido disse da linguagem coisas sérias e que tem coisas que a gente não conta.
Um comentário:
Ai, esse fantasma da poesia é uma coisa, né?
O pássaro de fogo então, um lampejo.
Ai, Henriquezinho. Descobrir que não sei brincar desse negócio de tempo não. Quanto eu finalmente respiro, o dia vira a página, como se eu fosse um livro.
O tempo do poema quase não me tem mais. Descompasso, descompasso.
Pós-modernidade de cu é rola. Quando eu deixar de ser uma mulher do século XVIII travestida de século XXI (quase com Ana C., mas retrocedi um século e depois adiantei outro), posso recuperar o relógio de um poema. O momento em que bico abre um pequena fissura na casca.
Beijos e já com saudades do peixinho Henrique!
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