sábado, outubro 22, 2011

A mentira de um prenúncio

Que haverá então na mão do poeta quando ele se dedica a escrever?


Há muito tempo já não habita mais em mim o fantasma da poesia

não era assim? justamente assim que a gente tinha decorado antes de partir?


eu na minha singela opinião prefiro pensar em maturação, algo entre a fermentação e a germinação


então ficou combinado assim:

eu tinha que ficar na casa esperando o pessoal de fora chegar.

arrumando as caixas.

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o pássaro de fogo que passou tão rápido disse da linguagem coisas sérias e que tem coisas que a gente não conta.

Um comentário:

Isadora P. disse...

Ai, esse fantasma da poesia é uma coisa, né?
O pássaro de fogo então, um lampejo.

Ai, Henriquezinho. Descobrir que não sei brincar desse negócio de tempo não. Quanto eu finalmente respiro, o dia vira a página, como se eu fosse um livro.

O tempo do poema quase não me tem mais. Descompasso, descompasso.

Pós-modernidade de cu é rola. Quando eu deixar de ser uma mulher do século XVIII travestida de século XXI (quase com Ana C., mas retrocedi um século e depois adiantei outro), posso recuperar o relógio de um poema. O momento em que bico abre um pequena fissura na casca.

Beijos e já com saudades do peixinho Henrique!