E seu assim de uma vez só confessasse todo o meu desejo nessa tarde de sábado?
Escrevesse assim o seu tamanho, a sua vontade em linhas longas e sofridas?
Ou em palavras quais raios de sol?
Ou em cheiros?
Ou em letras, elas mesmas cínicas, elas mesmas ingênuas, cordeirinhos esperando o fim do mundo?
Meu desejo é do tamanho do mundo.
E a felicidade, essa sim, coadjuvante
Do admirável
Mundo
Teu.
“mi corazón es un eterno taller de escritura” – José Carlo, Boedo.
quinta-feira, abril 22, 2010
quinta-feira, abril 01, 2010
limonada suíça
Foram os primeiros suspiros da nova estação. Ou quem sabe os últimos gemidos do velho verão. Fato é que a parada se embelezou assim parnasianamente acordou decidido a cambiar de uma vez por toda a direção daquelas cores. É que Aterro visto de Niterói, em dias assim é todo um espetáculo a parte, é muito azul, muito verde, até o verde clarinho na copa de algumas árvores. É tudo antes dos dias lindos, vibe por demais explorada e batida.
Porém tais devaneios não passam de estratégias burras para driblar o texto. O texto assim que me denunciava, que denunciava todo eu trabalhado no proust sem madalenas, sem perfumes de avós, sem cheiro de longe.
É que até o calor é tolerável. E sendo o calor tolerável, sendo a memória assim tão branda, eu posso até dizer que são dias de universalidade, dias do todo perdido, da saudade junto com a pessoa, dias em que o abraço era assim completo.
Materialista imperfeito, caí no conto da carochinha, no meu mundo o corte é profundo. E nem me chamo qualquer nome nem sou rosa como outra.
É que ela, ela toda trabalhada na classe fingia sorver assim limonada suíça do alto da mesa.
Safada e piranha sorvia aquilo como chupava seus amigos.
Puta.
Porém tais devaneios não passam de estratégias burras para driblar o texto. O texto assim que me denunciava, que denunciava todo eu trabalhado no proust sem madalenas, sem perfumes de avós, sem cheiro de longe.
É que até o calor é tolerável. E sendo o calor tolerável, sendo a memória assim tão branda, eu posso até dizer que são dias de universalidade, dias do todo perdido, da saudade junto com a pessoa, dias em que o abraço era assim completo.
Materialista imperfeito, caí no conto da carochinha, no meu mundo o corte é profundo. E nem me chamo qualquer nome nem sou rosa como outra.
É que ela, ela toda trabalhada na classe fingia sorver assim limonada suíça do alto da mesa.
Safada e piranha sorvia aquilo como chupava seus amigos.
Puta.
Assinar:
Postagens (Atom)