Amor. Amorzinho. Amorzinhozinho. Amorzinhozinhozinho. Amorzinhozinhozinhozinho.
De tão piquititinho.
Meu amor por você é interminável.
É grudento. É um encosto.
A te lamber as costas.
Enquanto o rosto lavas.
No verão a gente mata a poesia.
É fato.
Mas a gente se escreve de outra forma.
Acho que a poética só volta mesmo lá pro outono.
No verão tudo derrete numa sacanagem pura.
No verão
O nosso amor se faz no claro.
Da noite ainda dia.
No verão a gente vê a nossa nudez.
A gente não vê sensatez.
No verão a música mais brega é a nossa.
Bagaceiramente vamos de bar em bar.
Atrás de comida sincera.
No verão a gente finge que não trabalha.
E quando chega em casa o amor atrapalha
Tanta sacanagem mal-intencionada